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YOUTUBE VÔMITO E DIARREIA | Gastroenterite viral

2013-02-18 16:23:00 (читать в оригинале)


A gastroenterite viral é uma das doenças mais comuns da humanidade, perdendo em incidência apenas para as infecções respiratórias. A gastroenterite viral pode ser provocada por vários vírus diferentes e acomete pessoas de todas idades, sexo, etnia e condição econômica. Seus principais sintomas são diarreia aquosa, cólicas e vômitos.
Estima-se que, em todo o mundo, as gastroenterites de origem viral sejam responsáveis por mais de 5 bilhões de episódios de diarreia a cada ano. Enquanto o número de casos de gastroenterites de origem bacteriana e parasitária está em queda, devido a gradual melhoria das condições de saúde pública e infraestrutura, como rede de esgoto, saneamento básico, maior disponibilidade de água potável e maior educação da população, os casos de gastroenterite viral mantém-se mais ou menos estável, com um ritmo de redução bem mais lento.
Neste artigo vamos abordar os seguintes pontos sobre a gastroenterite viral:
  • O que é uma gastroenterite viral.
  • Causas da gastroenterite viral.
  • Transmissão da gastroenterite viral.
  • Sintomas da gastroenterite viral.
  • Diagnóstico das gastroenterites virais.
  • Tratamento gastroenterite viral.

Neste texto iremos falar apenas sobre as diarreias de origem viral. Se você deseja mais informações sobre diarreia em geral, leia: DIARREIA | Causas e tratamento.
O que é gastroenterite viral.
Gastroenterite é um termo que significa inflamação do estômago e dos intestinos. A gastroenterite pode ser causada por vários fatores, como infecções por parasitas e bactérias, remédios, álcool, ou doenças, como intolerância à lactose, doença de Crohn (leia: DOENÇA DE CROHN | RETOCOLITE ULCERATIVA) ou doença celíaca (leia: DOENÇA CELÍACA | Enteropatia por glúten). Gastroenterite viral é qualquer gastroenterite provocada por um vírus.
Quando a inflamação da gastroenterite é predominantemente do estômago, náuseas e vômitos são os sintomas são proeminentes. Quando são os intestinos os mais acometidos, cólicas abdominais e diarreia dominam o quadro. Porém, não é incomum o paciente apresentar uma quadro com inflamação extensa, sofrendo com vômitos e diarreia ao mesmo tempo.
O quadro de diarreia ocorre porque o vírus ataca as células da mucosa do intestino, principalmente do jejuno e do íleo, que correspondem aos 2/3 finais do intestino delgado. A inflamação resultante deste ataque destrói as vilosidades do intestino, que são as estruturas responsáveis pela absorção dos nutrientes digeridos. Além de impedir a absorção de nutrientes, alguns vírus, como o rotavírus, estimulam a secreção de água pelas células intestinais, provocando uma diarreia aquosa e profusa, fazendo com que o paciente evacue mais de 15 vezes por dia.
O quadro de vômitos é causado por inflamação e irritação da parede do estômago, que passa a tolerar mal a presença de alimentos.
Causas da gastroenterite viral
Vários vírus diferentes podem provocar gastroenterite, sendo os mais comuns:
- Rotavírus.
- Norovírus (antigamente chamado de vírus Norwalk).
- Adenovírus.
- Sapovírus.
- Astrovírus.
Nos adultos o norovírus é a principal causa de diarreia aguda, sendo responsável pela maiorias das epidemias de gastroenterite viral. Na população pediátrica, principalmente nas crianças até 2 anos, o rotavírus é a principal causa de gastroenterite. Adultos também podem ter diarreia por rotavírus, mas ela é menos comum e o quadro clínico costuma ser bem mais brando.
A incidência das diarreias por rotavírus em crianças tem caído bastante desde a introdução da vacina contra esse vírus. As formas de gastroenterite grave por rotavírus caíram mais 95% na população vacinada.
Transmissão da gastroenterite viral
As gastroenterites virais são chamadas em inglês de "e;stomach flu"e;, que numa tradução grosseira pode ser chamado de "e;gripe estomacal"e;. Apesar do vírus da gripe não provocar gastroenterite, a analogia é feita devido às semelhanças entre as formas de transmissão e a facilidade de contágio destes vírus.
Na maioria dos casos, a transmissão é feita pelo contato próximo, principalmente por mãos contaminadas pelo vírus. Fezes e vômitos dos pacientes contaminados possuem elevadas cargas de vírus. Se uma higiene adequada das mãos não for feita após cada evacuação, este paciente pode contaminar roupas e objetos, facilitando a dispersão do vírus. Pais que não lavam as mãos adequadamente após cada troca de fraldas do filho podem espalhar o vírus para o resto da família. Alimentos preparados por pessoas doentes (principalmente se crus ou mal cozidos) ou águas contaminadas com fezes também são vias comuns de transmissão.
A transmissão através do ar também é possível, principalmente através de gotículas de saliva durante a fala, tosse ou espirros. Também há suspeitas de que o vírus possa ser transmitido pelo ar através dos vômitos. Sugere-se que a limpeza dos vômitos seja feita não somente com luvas, mas também com máscaras.
Sintomas da gastroenterite viral
As gastroenterites causadas pelo norovírus, sapovírus ou astrovírus podem provocar desde uma doença leve, com febre baixa e diarreia leve, até um quadro bem grave, com febre alta e dezenas de episódios de vômitos e diarreias ao longo do dia . A presença de vômitos é mais comum com infeções causadas pelo norovírus e pelo sapovírus. Já o rotavírus só costuma causar diarreia importante nas crianças ou nos adultos com imunidade deficiente.
Diarreia pelo norovírus
A gastroenterite pelo norovírus costuma provocar sintomas 1 a 3 dias após a contaminação. O quadro é de início abrupto, com vômitos e/ou diarreia. A diarreia costuma ser moderada, com 4 a 8 evacuações por dia. As fezes são bem líquidas e não há presença de sangue, pus ou muco. Também são comuns dor muscular, mal-estar, dor de cabeça, cólicas, dispepsia (leia: DOR NO ESTÔMAGO | DISPEPSIA) e febre ao redor de 38-39ºC. Em adultos saudáveis, esta forma de gastroenterite provoca desconforto, mas não costuma causar graves consequências. Em dois ou três dias o paciente se recupera do quadro sem maiores problemas.
Manifestações mais graves da doença podem ocorrer em crianças pequenas, idosos ou pacientes debilitados, já com outros problemas de saúde.
Diarreia pelo rotavírus
A gastroenterite pelo rotavírus é habitualmente branda em adultos, mas pode ser bem grave em crianças muito pequenas. Algumas crianças podem ter mais de 20 episódios de vômitos e/ou diarreia por dia, levando a quadros de desidratação grave. A diarreia pelo rotavírus é bem aquosa e também não contém sangue, pus ou muco. O quadro surge habitualmente 48 horas depois da contaminação e o paciente fica por até 10 dias eliminando o vírus nas fezes. Os sintomas duram de 12 a 60 horas.
A maioria das crianças não vacinadas irão contrair o rotavírus até o 3 anos de idade, devido ao intenso e próximo contato entre as mesmas em creches e infantários. A primeira infecção costuma ser a mais severa. Depois, como o organismo desenvolve anticorpos, as reinfecções ao longo da vida costumam ser bem mais brandas. Por isso, as infecções por rotavírus em adultos costumam ser leves. Nos pacientes devidamente vacinados, 60% ficam totalmente imunes ao vírus e mais de 95% ficam imunes às formas graves da gastroenterite.
Diagnóstico das gastroenterites virais
Na maioria dos casos, o diagnóstico é feito somente com base no exame médico. Até existem testes para rotavírus e norovírus nas fezes, mas eles são desnecessários na maioria das vezes, já que o tratamento das diarreias aquosas, sem sinais de sangue ou pus, é basicamente o mesmo, seja ela de origem viral ou não.
O exame das fezes pode ser útil se o médico tiver dúvidas entre a gastroenterite viral ou bacteriana. Geralmente, os sintomas são diferentes, mas em alguns casos a distinção pode não ser tão simples.
Tratamento das gastroenterites virais
Não existe um remédio específico para curar diarreias causadas por vírus. E nem é preciso, pois na maioria dos casos a doença é autolimitada e de curta duração. O principal objetivo do tratamento é impedir que o paciente desidrate por conta das grandes perdas de água nas fezes e nos vômitos. A hidratação adequada é muito importante, principalmente nas crianças pequenas. Em casos graves, a internação hospitalar para administração de soro intravenoso pode ser necessária.
Já existem soluções prontas para a hidratação por via oral à venda nas farmácias, como o Pedialyte®. Nas farmácias populares este soro é distribuído gratuitamente. Esta forma de hidratação é mais eficiente do que água pura ou soro caseiro feito em casa.
Antibióticos não devem ser usados, pois eles só funcionam para diarreias provocadas por bactérias. Remédios para parar a diarreia, como a loperamida (Imosec®), não devem ser usados em diarreias agudas e de origem infecciosa, pois podem piorar o quadro e causar efeitos colaterais importantes.
Probióticos, como lactobacillus (Floratil® - Saccharomyces boulardii), podem ser úteis, ajudando a reduzir o tempo de doença em alguns casos. Mas não espere efeitos milagrosos, como resolução da diarreia após algumas horas.
Não é preciso interromper a alimentação durante o quadro de gastroenterite. Evite apenas alimentos muito gordurosos ou que piorem o seu enjoo. Não é precioso fazer nenhuma dieta muito restritiva. Dê preferência a alimentos ricos em água, como frutas, sopas, iogurtes, etc. A maioria dos pacientes não apresenta problemas com a ingestão de lactíneos.
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RAIVA HUMANA | Transmissão e vacina

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YOUTUBE RAIVA HUMANA | Transmissão e vacina

2013-02-18 16:22:00 (читать в оригинале)


A raiva é uma zoonose (doença transmitida de animais para o homem) causada por um vírus. É uma das doenças mais graves que se tem conhecimento, com taxa de mortalidade de quase 100%. Nenhuma outra doença infecciosa tem taxa de mortalidade tão elevada. Apesar da existência da vacina e da imunoglobulina, que ajudam a prevenir a raiva humana, ainda morrem de raiva anualmente aproximadamente 70.000 pessoas em todo mundo.

Neste texto vamos abordoar os seguintes pontos sobre a raiva:

  • O que é a raiva humana.
  • Transmissão da raiva.
  • Sintomas da raiva.
  • Tratamento da raiva (vacina contra raiva).
  • Relação da raiva com morcegos.
O que é a raiva humana
A raiva é uma grave doença infecciosa causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, da família Rhabdoviridae, que leva ao óbito praticamente 100% dos pacientes contaminados. Desde o século XIX, porém, já existe vacina contra a raiva, sendo ela bastante efetiva em impedir o avanço da doença, caso administrada em tempo hábil.

A raiva é uma doença transmitida somente por animais mamíferos, geralmente através da mordida e inoculação do vírus presente na saliva dentro da pele.

O vírus da raiva tem atração pelas células do sistema nervoso, invadindo imediatamente os nervos periféricos após ser inoculado através da pele. Quando nos nervos, o vírus passa a se mover lentamente, cerca de 12 milímetro por dia, em direção ao sistema nervoso central. Ao chegar no cérebro, o vírus causa a encefalite rábica, a temida complicação que leva os pacientes à morte.

Transmissão da raiva
Cão com raivaA raiva é uma zoonose. O vírus é transmitido por mordidas e arranhaduras de mamíferos contaminados. Na maioria dos casos, a transmissão ocorre através de cães ou morcegos. Porém, vários outros mamíferos podem transmitir a doença, entre eles:

- Furão (ferrets).
- Raposas.
- Coiotes.
- Guaxinins.
- Gambás.
- Gatos.
- Macacos.

Mamíferos não carnívoros, como porco, vaca, cabra, cavalo, etc., também estão associados a casos de raiva, mas estes são mais raros.

Roedores pequenos, como esquilos, ratos, coelhos, porquinho-da-índia e hamsters não são transmissores usuais de raiva, não havendo na literatura médica relatos de casos de raiva humana transmitidos por leles. Animais não mamíferos, como lagartos, peixes e pássaros NUNCA transmitem raiva.

Desde a implementação de programas de vacinação contra a raiva em cães e gatos, o número de casos de raiva humana despencou. Na Europa e nos EUA, por exemplo, o vírus da raiva circula atualmente mais em raposas e morcegos do que em cães, o que diminui o risco de exposição dos seres humanos.

Segundo dados do Ministério da Saúde, no período de 1990 a 2009, foram registrados no Brasil 574 casos de raiva humana, nos quais, até 2003, a principal espécie transmissora foi o cão. A partir de 2004, porém, o morcego passou a ser a principal fonte de transmissão de raiva no Brasil.

Virtualmente todos os casos de raiva humana são transmitidos através de mordidas ou arranhões de animais infectados. Como o vírus encontra-se presente na saliva dos animais contaminados, outra via de transmissão possível, mas bem menos comum, é através de lambidas em mucosas, como a boca, ou feridas abertas. Aquele antigo hábito de oferecer feridas para cães lamberem, além de facilitar a infecção bacteriana da lesão, pode também ser uma fonte de contaminação de raiva.

Não existe transmissão entre seres humanos, não havendo nenhum risco para familiares ou para a equipe médica que cuida dos pacientes*. A transmissão também não ocorre por objetos ou alimentos, uma vez que o vírus não sobrevive no meio ambiente, morrendo rapidamente quando exposto à luz solar ou quando a saliva contaminada seca. Não há casos, por exemplo, de transmissão da raiva através de frutas manipuladas por morcegos contaminados.

* Na verdade, há raros relatos na literatura médica de transmissão de raiva entre humanos, mas estes são casos isolados e mal documentados. A única forma de transmissão da raiva entre humanos devidamente documentada é através do transplante de órgãos, com doador infectado.

O contato com a pele íntegra não oferece risco, mesmo que o animal a lamba. Do mesmo modo, tocar em animais contaminados, como fazer carinho em cães ou apenas encostar a mão em um morcego, também não oferece risco de contaminação. O vírus só está presente para transmissão na saliva, não havendo risco de contaminação quando há contato com sangue, fezes ou urina de animais infectados.
Sintomas da raiva humana
O vírus da raiva tem atração pelo sistema nervoso central, alojando-se frequentemente no cérebro, após longa viagem pelos nervos periféricos.

A encefalite, inflamação do encéfalo, é o resultado final da instalação e multiplicação do vírus no sistema nervoso central. Os sintomas da raiva são todos decorrentes deste acometimento do cérebro. São eles:

- Confusão mental.
- Desorientação.
- Agressividade.
- Alucinações.
- Dificuldade de deglutir.
- Paralisia motora.
- Espasmos musculares.
- Salivação excessiva.

Uma vez iniciados os sintomas neurológicos, o paciente evolui para o óbito em 99,99% dos casos.

A evolução da raiva pode ser dividida em 4 partes:

1) Incubação - O vírus se propaga pelos nervos periféricos lentamente. Desde a mordida até o aparecimento dos sintomas neurológicos costuma haver um intervalo de 1 a 3 meses. Mordidas na face ou nas mãos são mais perigosas e apresentam um tempo de incubação mais curto.

2) Pródromos - São os sintomas não específicos que ocorrem antes da encefalite. Em geral, é constituído por dor de cabeça, mal-estar, febre baixa, dor de garganta e vômitos. Podem haver também dormência, dor e comichão no local da mordida ou arranhadura.

3) Encefalite - É o quadro de inflamação do sistema nervoso central já descrito anteriormente.

4) Coma e óbito - Ocorrem em média 2 semanas após o início dos sintomas.

Tratamento da raiva
Se por um lado praticamente 100% dos pacientes morrem após o início dos sintomas, por outro, há vacina e tratamento profilático com imunoglobulinas (anticorpos).

Em caso de mordida por qualquer mamífero, devemos lavar bem a ferida com água e sabão para evitar a contaminação pelas bactérias presentes na saliva dos animais (leia: TRATAMENTO DE FERIDAS E MACHUCADOS). Depois desta primeira limpeza, o paciente deve procurar um centro médico para que a equipe de saúde possa avaliar se há necessidade de iniciar tratamento profilático (preventivo) com a vacinação contra raiva. É importante também vacinar o paciente contra o tétano, caso a última vacinação tenha mais de 10 anos (leia: TÉTANO | VACINA E SINTOMAS).

Se o animal for doméstico é importante obter a caderneta de vacinação do mesmo, atestando sua imunização contra a raiva. Animais devidamente vacinados não são fontes de transmissão da raiva. Nestes casos, não há necessidade de iniciar qualquer tratamento a não ser que o animal passe a apresentar sintomas da raiva poucos dias depois da mordida.

Em cães, gatos e furões, o tempo máximo de evolução da doença, desde o aparecimento do vírus na saliva até a morte, é de apenas 10 dias. Quando alguém é mordido ou arranhado por um destes animais, indica-se a observação do mesmo por até 10 dias. Se o animal não adoecer neste intervalo é porque ele não estava contaminante no dia da mordida, não havendo, portanto, risco algum de raiva para o paciente.

Se o animal for um cão de rua, sem dono, ou selvagem, como um morcego ou raposa, é importante capturá-lo para que ele possa ser analisado por um veterinário, de modo a procurar sinais do vírus da raiva. Se a captura do animal não for viável, o tratamento profilático deve ser indicado, partindo do princípio que este esteja contaminado com o vírus da raiva. Portanto, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível, já que a profilaxia contra a raiva é considerada uma urgência médica.

Mordidas na cabeça ou no pescoço são bem mais graves por estarem próximas do cérebro. Mãos e pés também são perigosos pois são áreas com muita inervação, facilitando a chegada do vírus aos nervos periféricos. Nestes casos, o tempo de viagem do vírus até o encéfalo é bem mais curto do que o habitual, podendo o período de incubação ser de poucos dias. Estes pacientes devem receber tratamento profilático urgente independente da situação do animal.

O mais importante é entender a gravidade da raiva. Não se deve nunca negligenciar uma mordida ou arranhadura por animais. Não se baseie apenas na aparência do animal para definir se este tem o não raiva. Uma vez mordido, procure um posto de saúde para receber as orientações.

O tratamento contra a raiva é divido em profilaxia pré-exposição e profilaxia pós-exposição. Vamos falar um pouquinho sobre elas.

Profilaxia pré-exposição
A profilaxia pré-exposição é o tratamento preventivo para os indivíduos que ainda não foram expostos ao vírus. Ela é feita com a vacina contra raiva e só está indicada para indivíduos com alto risco de contaminação, como:

- Médicos veterinários.
- Biólogos.
- Agrotécnicos.
- Pessoas que trabalham em laboratórios de virologia.
- Pessoas que trabalham com animais silvestres.
- Pessoas envolvidas na captura e estudo de animais suspeitos de raiva.
- Pessoas que vão viajar para áreas onde ainda não há controle da raiva nos animais.

A vacina contra raiva é administrada em três doses, nos dias 0, 7 e 28. Duas semanas após o fim da vacinação deve-se colher sangue para avaliar se houve resposta imunológica, com produção adequada de anticorpos.

Profilaxia pós-exposição
A profilaxia pós-exposição é aquela que é feita somente após o indivíduo ter sofrido uma mordida de um mamífero.

Existem vários esquemas de tratamento profilático, envolvendo vacinas e imunoglobulinas. Dependendo da gravidade da lesão, o esquema pode incluir até 10 dias seguidos de vacinações diárias mais a administração de imunoglobulina. Todo paciente agredido por animais deve procurar um posto de saúde o mais rápido possível para receber orientações sobre o tratamento.

Segundo o Ministério da Saúde, a profilaxia pós-exposição pode ser resumida neste quadro:

Para saber mais detalhes técnicos sobre a vacinação contra raiva, acesse as normas técnicas de profilaxia da raiva humana do Ministério da Saúde: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/normas_tecnicas_profilaxia_raiva.pdf
Morcegos e raiva - Um caso à parte
Morcegos são animais comumente infectados pela raiva. Nos EUA nos últimos 15 anos, mais de 90% dos casos de raiva foram causados por mordidas de morcego.

O grande problema é que a mordida pode passar despercebida, principalmente enquanto a vítima dorme. Por isso, é indicada profilaxia pós-exposição para todos aqueles que acordam e encontram um morcego em seu quarto, mesmo não havendo sinais de mordida ou arranhadura. Como a raiva é muito letal, na dúvida, deve-se sempre assumir que a mordida aconteceu.

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YOUTUBE ANEMIA FERROPRIVA | Carência de ferro

2013-02-18 16:22:00 (читать в оригинале)


O ferro é um mineral essencial para a produção da hemoglobina, proteína que transporta o oxigênio pelo nosso organismo. Anemia ferropriva (ou anemia ferropénica) é o tipo de anemia mais comum no mundo, causada por uma grave deficiência de ferro.
Neste artigo vamos abordar os seguintes pontos sobre a anemia por carência de ferro:
  • Relação entre ferro e anemia.
  • Metabolismo do ferro no nosso organismo.
  • Causa de anemia ferropriva.
  • Sintomas da anemia por carência de ferro.
  • Diagnóstico da anemia ferropriva.
  • Tratamento da anemia ferropriva
  • Alimentos ricos em ferro.
Relação entre ferro e anemia
Os glóbulos vermelhos, também chamados de hemácias ou eritrócitos, são as células do sangue responsáveis pelo transporte de oxigênio. São as hemácias que captam o oxigênio inspirado pelos pulmões e o leva até todas as células do nosso corpo.HemáciasChamamos de anemia quando a concentração de hemácias do sangue está reduzida. Para um melhor entendimento do que é uma anemia, sugiro a leitura do nosso texto: ANEMIA | Sintomas e causas.
O principal componente da hemácia é a hemoglobina, uma proteína que necessita de ferro para ser formada. Quando ocorre uma deficiência de ferro no organismo, há falta de matéria-prima para a formação da hemoglobina e, consequentemente, para a formação das hemácias. A incapacidade de produzir hemácias provoca a anemia.
Portanto, toda vez que os estoques de ferro do organismo estão baixos, nós desenvolvemos uma anemia ferropriva ou anemia por carência de ferro.
Metabolismo do ferro
O corpo controla seus estoques de ferro de modo preciso, mantendo-o sempre estável. Quando estamos com o estoque completo, o intestino para de absorver o ferro dos alimentos, deixando-o ser excretado nas fezes. Se os níveis de ferro baixam, o intestino delgado volta a absorver o ferro dos alimentos, repondo nossos estoques. 
O ferro absorvido no intestino é estocado no fígado, "e;empacotado"e; em uma proteína chamada ferritina. Quando temos níveis baixos de ferritina, significa que os nossos estoques de ferro estão baixos (leia: EXAMES DE SANGUE | VHS, PCR, LDH, Ferritina e CK). Geralmente, da quantidade total de ferro existente no nosso corpo, metade fica dentro das hemácias e metade estocada em forma de ferritina. Ainda há uma pequena fração ligada à transferrina, uma proteína que transporta o ferro dos estoques em direção à medula óssea, onde são produzidas as novas hemácias.
Geralmente, adultos saudáveis não precisam de muito ferro na dieta, pois o ferro já presente no organismo é constantemente reciclado. Quando uma hemácia torna-se velha e é destruída (mais ou menos com 120 dias de vida), o seu ferro é captado pela transferrina e levado de volta à medula óssea, sendo reaproveitado na formação de uma nova hemácia. Portanto, são precisos muitos anos com uma baixa absorção de ferro para que haja uma deficiência nos estoques corporais.
O grande risco de uma alimentação pobre em ferro se dá naqueles indivíduos que estão precisando de mais ferro do que o existe nos estoques. Dois exemplos fáceis de se entender são as crianças e as grávidas. O primeiro grupo está constantemente em crescimento e, portanto, necessitando de quantidades cada vez maiores de ferro. As crianças de 6 meses a 3 anos são as mais propensas a desenvolverem carência de ferro, pois apresentam grande demanda e ainda não tiveram tempo para criarem seus estoques. As grávidas geralmente apresentam bons estoques de ferro, todavia, passam a gastá-lo de forma rápida na formação de um novo ser. Nestes dois grupos, uma dieta rica em ferro é essencial para se manter os estoques preenchidos.
Causas de anemia ferropriva
a. Dieta
Como já explicado, uma deficiência simples de ferro na dieta é atualmente uma causa rara de anemia ferropriva em adultos saudáveis. A dieta da maioria das pessoas contém quantidades suficientes de ferro para compensar as pequenas perdas que ocorrem ao longo do tempo. A não ser em pessoas com desnutrição por falta de alimentação, não é preciso haver muita preocupação com a dieta, pois a maioria das carnes têm quantidades suficientes de ferro. Mesmo os vegetarianos são capazes de ingerir boas quantidade de ferro, já que alimentos como espinafre, ovos, creme de trigo, feijão e cereais contêm bastante ferro.
b. Má absorção
A deficiência de ferro e a anemia ferropriva podem surgir em pacientes com doenças do trato gastrointestinal que impeçam a absorção de ferro cronicamente, como nos casos de gastrite atrófica ou doença celíaca (leia: DOENÇA CELÍACA | Enteropatia por glúten). Esse pacientes podem ingerir até bastante ferro, mas não conseguem absorvê-lo, impedindo-os de repor seus estoques quando necessário.
c. Perdas de sangue
A principal causa de anemia ferropriva é perda de sangue. Quando perdemos sangue, perdemos junto o ferro que estava dentro das hemoglobinas, obrigando o organismo a lançar mão dos seus estoques na produção de novas hemácias.
Quando o sangramento é visível, como nos casos de vômitos com sangue, sangue nas fezes (leia: SANGUE NAS FEZES | Principais causas de hemorragia digestiva) ou traumatismos com sangramentos, por exemplo, a causa da anemia torna-se óbvia, pois há perdas agudas de grande volume de hemácias. Nestes casos, até há uma grande perda de ferro, mas a causa da anemia é uma perda imediata de sangue, sem que haja tempo hábil para o organismo produzir mais hemácias. Mulheres com períodos menstruais muito fortes também podem desenvolver anemia ferropriva.
A anemia ferropriva é mais difícil de ser identificada quando há pequenos sangramentos, mas de forma constante. Esses quadros são comuns em úlceras de estômago, tumores do intestino e hemorroidas (leia: HEMORROIDAS | SINTOMAS E TRATAMENTO). Muitas vezes o paciente nem sequer nota a presença de sangue nas fezes. A quantidade de sangue perdida é pequena para causar uma anemia imediata, mas a longo prazo faz com que o organismo tenha que estar sempre usando seus estoques de ferro para compensar as hemácias perdidas nos sangramento. Nestes casos, a quantidade de ferro na dieta pode ser menor do que a necessária para repor os estoques, fazendo com que o paciente esgote suas reservas e desenvolva anemia ferropriva ao longo do tempo.
Portanto, atualmente, qualquer anemia ferropriva, a não ser que haja uma causa óbvia, deve indicar a investigação de uma fonte de sangramento oculta.
Sintomas da anemia ferropriva
Os sintomas da anemia ferropriva são os mesmos dos de qualquer anemia: cansaço, palidez da pele, falta de ar, intolerância ao exercício, taquicardia (coração acelerado). Todavia, a anemia ferropriva pode causar alguns sintomas que não são comuns em outras anemias, como perversão do apetite (também chamado de pica), que é o desejo de comer não-alimentos, como gelo, terra, papel, concreto, etc. A síndrome das pernas inquietas é outro achado comum . Um sinal típico da anemia ferropriva é a presença de uma urina muito avermelhada após a ingestão de beterraba.
Diagnóstico da anemia ferropriva
O diagnóstico de anemia é feito quando os valores da hemoglobina e do hematócrito (percentual de hemácias no sangue) estão abaixo do valor de referência:
Em geral, dizemos que há anemia quando:
- hematócrito menor que 41% nos homens ou 35% nas mulheres.
- hemoglobina menor que 13 g/dL nos homens ou 12 g/dL nas mulheres.
Uma vez estabelecido o diagnóstico da anemia, é preciso identificar sua causa. No hemograma, além da queda do hematócrito e da hemoglobina, o VCM e o HCM costumam estar baixos na anemia ferropriva (leia: HEMOGRAMA | Entenda os seus resultados). No seguimento da investigação da anemia deve-se dosar a quantidade de ferro no sangue, a ferritina e a saturação de transferrina. Estando estes valores baixos na presença de anemia, pode-se dizer que há uma anemia por carência de ferro.
Se não houver causas óbvias para a anemia ferropriva (gravidez ou sangramentos visíveis), geralmente inicia-se uma investigação com exames para procurar sangramentos ocultos do trato digestivo, como a endoscopia digestiva e a colonoscopia (leia: EXAME COLONOSCOPIA).
Tratamento da anemia ferropriva
O tratamento da anemia ferropriva é feito com reposição de ferro. Os comprimidos de sulfato ferroso geralmente têm até 6x mais ferro do que obtemos em uma dieta normal. Se a anemia ferropriva for causada por gravidez ou por um fluxo menstrual mais forte, geralmente a reposição de ferro é suficiente.
O ferro é melhor absorvido se tomado em jejum e junto com vitamina C ou suco de laranja. A reposição de ferro pode causar alguns efeitos colaterais, sendo os mais comuns, náuseas e azia. Fezes com uma coloração bem escura também são comuns, mas isso é só uma questão estética, sem maior relevância clínica.
Se a causa da anemia ferropriva não estiver clara, não se deve apenas repor ferro, é preciso também investigar a causa. Prescrever ferro sem realizar uma investigação de sangramentos ocultos pode até corrigir temporariamente a anemia, mas não irá tratar a doença de base. Se a causa for um tumor do intestino, por exemplo, apenas repor ferro, sem ir à procura da origem da perda sanguínea, irá atrasar o diagnóstico, diminuindo as chances de tratamento curativo da lesão.
Alimentos ricos em ferro
Apesar da dieta ser importante, as pessoas com deficiência de ferro costumam precisar de mais ferro do que podem consumir através da sua alimentação. Numa dieta normal de 2000 calorias, existe, em média, cerca de 10 mg de ferro elementar. Já um único comprimido de sulfato ferroso 325mg contém 65 mg de ferro elementar. Portanto, o aumento do consumo de ferro na dieta não é normalmente recomendada como único tratamento para uma anemia por deficiência de ferro. Isso não significa, porém, que uma dieta rica em ferro não possa ajudar. Quanto mais ferro o paciente conseguir consumir em sua dieta, menor será a necessidade de repor ferro com suplementos.
Em geral, os alimentos mais ricos em ferro são:
- Carne vermelha.
- Gema de ovo.
- Farinha de peixe (farinha de pescado).
- Folhas verde escuras, como espinafre e couve.
- Frutas secas, como ameixa e passas.
- cereais e grãos enriquecidos com ferro (verifique os rótulos).
- Moluscos (ostras, mariscos e vieiras).
- Miúdos de peru ou frango.
- Feijão, lentilha, grão ervilhas e soja.
- Fígado,
- Alcachofras
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YOUTUBE TOXOPLASMOSE NA GRAVIDEZ

2013-02-18 16:22:00 (читать в оригинале)


A toxoplasmose é uma infecção causada pelo parasita Toxoplasma gondii. É uma doença que costuma passar despercebida em pessoas sadias, mas é grave em pacientes imunossuprimidos e nas grávidas.

Neste artigo vamos abordar a toxoplasmose nas gestantes e no recém-nascido, esta última chamada toxoplasmose congênita.

Para um entendimento mais amplo do assunto, sugiro antes a leitura do texto sobre toxoplasmose em pacientes sadios e imunodeprimidos: TOXOPLASMOSE | Sintomas, IgG e tratamento, onde explicamos em detalhes como é feita a transmissão do parasita e quais são os seus sintomas. Alguns dos conhecimentos fornecidos são importantes para este texto.

Antes de abordamos a toxoplasmose na gravidez, vale a pena uma revisão de como é feito o diagnóstico sorológico da doença.

Diagnóstico da toxoplasmose no pré-natal: IgM e IgG
Durante o pré-natal, o obstetra solicita algumas sorologias (exame de sangue que mostra quais são as principais infecções que a gestante já teve) para avaliar o estado imunológico da grávida. Cinco infecções são de elevada importância na gravidez devido ao risco de transmissão para o feto:

- Toxoplasmose.
- Sífilis (leia: SÍFILIS | SINTOMAS E TRATAMENTO).
- Rubéola (leia: RUBÉOLA | SINTOMAS E VACINA).
- Citomegalovirose.
- Herpes Simples (leia: HERPES GENITAL | Sintomas e tratamento).

O grande risco para o feto ocorre quando uma mãe sem anticorpos para a toxoplasmose adquire a doença durante a gestação. Para saber quais são as mulheres susceptíveis à infecção durante a gravidez, solicitamos em todo pré-natal uma sorologia para toxoplasmose.

A sorologia é basicamente uma dosagem de anticorpos específicos. Uma sorologia para toxoplasmose é aquela que pesquisa anticorpos contra o Toxoplasma gondii, parasita que causa a doença. O raciocínio é o seguinte: o nosso corpo só cria anticorpos contra um determinado agente infeccioso se formos expostos ao mesmo. Portanto, ter anticorpos contra toxoplasmose significa já ter sido contaminado pelo parasita em algum momento da vida.

Para resumir um processo extremamente complexo, podemos dizer que nosso corpo trabalha basicamente com dois anticorpos, chamados IgM (imunoglobulina M) e IgG (imunoglobulina G). Assim que um germe novo entra em nosso corpo, nosso sistema imune começa a produzir o anticorpo IgM, que é chamado de anticorpo de fase aguda. O IgM é um anticorpo menos específico, mas que consegue ser produzido em poucos dias. Na toxoplasmose é possível identificar IgM circulante 5 a 7 dias após a contaminação.

Depois de mais ou menos 4 semanas, quando o nosso sistema imune já conheceu bem o agente invasor, o corpo substitui o anticorpo IgM pelo anticorpo IgG, que é mais forte e mais específico contra a toxoplasmose. Portanto, depois de 4 semanas, o paciente deixa de ter IgM positivo e passa a ter apenas IgG positivo para toxoplasmose. Esta IgG para toxoplasmose ficará positiva pelo resto da vida e impedirá que o parasita se multiplique dentro do nosso corpo.

Resumindo, um paciente com toxoplasmose aguda tem IgM positivo, enquanto que um paciente que já teve toxoplasmose e possui o parasita inativo no corpo apresentará IgG positivo. Quem nunca foi exposto ao Toxoplasma tem IgM e IgG negativos.

Como a toxoplasmose não causa doença em 90% das pessoas, o único modo de saber se o paciente já foi exposto ao Toxoplasma é através da dosagem do IgG para toxoplasmose. Para ler sobre os sintomas da toxoplasmose: SINTOMAS DA TOXOPLASMOSE.

Toxoplasmose na gravidez
É importante frisar que o problema não está naquelas mães que adquiriram toxoplasmose antes de estarem grávidas. As mulheres que já apresentavam IgG positivo para toxoplasmose antes de estarem grávidas não correm risco de transmiti-la para seus fetos. Nestes casos, o Toxoplasma encontra-se adormecido nos tecidos musculares e o sistema imune da mãe encarrega-se de mantê-lo longe do feto. A única exceção ocorre em casos de imunossupressão da mãe, como nas gestantes com SIDA (AIDS), por exemplo. Nestes casos, como o sistema imunológico está fraco, o Toxoplasma adquirido anos antes pode voltar a ficar ativo e infectar o feto durante a gestação.

O risco da toxoplasmose na gravidez ocorre naquelas mães que nunca tiveram contato prévio com o parasita, possuindo sorologia negativa, isto é, IgM e IgG negativos para toxoplasmose. Estas são as gestantes sob risco, pois a toxoplasmose congênita ocorre quando mulheres adquirem o Toxoplasma durante a gravidez.

Portanto, se durante o exame pré-natal a futura mãe já tiver um IgG positivo para toxoplasmose, ela pode ficar tranquila, pois não corre risco de passar a doença para o feto. Se, entretanto, ficar constatado que a mãe é IgG negativo, alguns cuidados devem ser tomados para minimizar o risco de contaminação durante a gestação:

- Evitar consumir carnes mal passadas, principalmente de porco.
- Lavar bem as frutas e vegetais antes de comê-los.
- Lavar bem facas e pratos que tiveram contato com carne crua.
- Congelar a carne por uma semana antes de consumi-la ajuda a matar os parasitas.
- Não consuma carne de procedência não confiável.
- Evite beber água não engarrafada.
- Não pratique jardinagem.
- Evitar contato prolongado com gatos.

Grávidas e gatos
Os gatos são os únicos animais que, se contaminados com o Toxoplasma, passam a eliminá-los na fezes, servindo como fonte para contaminação do meio e de pessoas. Nos outros animais, o parasita fica alojado e adormecido nos músculos, motivo pelo qual a ingestão de carnes cruas é atualmente o principal fator de risco para contaminação pela toxoplasmose.

Portanto, grávidas susceptíveis à toxoplasmose (IgG negativo) devem evitar carnes cruas e contato próximo com gatos.

Mas eu sou uma gestante com IgG negativo e tenho um gato de estimação. Preciso me livrar dele?

Não, não precisa. Mas alguns cuidados devem ser tomados:

- Leve-o ao veterinário para saber seu estado imunológico.
- Peça alguém para limpar diariamente a caixinha de areia com fezes do gato. Tente não entrar em contato com as fezes do felino.
- Alimente-o apenas com rações; nunca deixe-o comer carne crua.
- Evite deixar o gato sair de casa, para que ele não corra o risco de contrair o parasita.
- Evite insetos em casa, principalmente moscas e baratas, que podem carrear o parasita e serem comidos pelo animal.

Se o seu gato é bem cuidado, alimenta-se corretamente e não costuma andar livremente pela rua, a chance dele ter toxoplasmose é muito pequena.

Quando as grávidas tomam os devidos cuidados, a taxa de contaminação é baixa. Atualmente, menos de 8 em cada 1000 (isto é, 0,8%) gestantes com sorologia negativa para toxoplasmose acabam por se infectar durante a gravidez

Assim como em qualquer outro paciente com sistema imunológico intacto, a toxoplasmose na gravidez não costuma provocar sintomas. Nos raros casos onde há sintomas, os mesmos costumam ser leves e inespecíficos, como febre baixa, cansaço e dor muscular. Portanto, nas mulheres com IgG negativo, a sorologia deve ser repetida seriadamente durante toda a gravidez para que tenhamos certeza que não surgiu um IgM positivo indicativo de infecção recente. Não dá para confiar somente nos sintomas para dizer se alguém foi ou não infectado pelo Toxoplasma recentemente.

Toxoplasmose congênita
Como já explicado exaustivamente, a toxoplasmose congênita ocorre quando mães com sorologia negativa para toxoplasmose (IgG negativo) entram em contato com o parasita durante a gravidez.

Mulheres que pretendem engravidar, mas que acabaram de se contaminar com a toxoplasmose devem respeitar um intervalo mínimo de 6 meses entre a cura e a gravidez para não haver risco de transmissão do parasita para o feto.

Quanto maior for a idade gestacional no momento da infecção, maior será o risco de transmissão do parasita para o feto. Toxoplasmose adquirida na 13ª semana, 26ªsemana ou na 36ª semana apresentam, respectivamente, um risco de 15%, 44% e 71%  de transmissão para o feto.

Sintomas da toxoplasmose congênita
A maioria dos recém-nascidos com toxoplasmoses são assintomáticos imediatamente ao nascer. Menos de 30% já nascem com sintomas da toxoplasmose congênita, como coriorretinite (para ler sobre lesões oculares da toxoplasmose com mais detalhes, visite o texto: Toxoplasmose Ocular do blog http://www.medicodeolhos.com.br/), calcificações intracranianas, hidrocefalia (acúmulo de líquido cefalorraquidiano no interior do crânio), lesões dermatológicas e linfadenopatia generalizada (linfonodos aumentados por todo o corpo).
 
Hidrocefalia - Toxoplasmose congênita
Clique para ampliar (atenção: a foto acima pode ser considerada chocante para algumas pessoas.).

Aqueles que nascem sem sintomas, porém, se não diagnosticados e devidamente tratados, apresentam elevado risco de desenvolver posteriormente sintomas da toxoplasmose congênita. Além de lesões oculares graves, estas crianças podem apresentar surdez, atraso do desenvolvimento mental e epilepsia (leia: EPILEPSIA | CRISE CONVULSIVA). Casos mais graves podem evoluir para o óbito.

A ultrassonografia fetal é capaz de detectar aqueles 30% de casos de mal formações do feto causadas pela toxoplasmose ainda dentro do útero. Nos países que permitem aborto, a interrupção da gravidez pode ser indicada, pois estes bebês já apresentam graves sequelas neurológicas e elevada mortalidade nos primeiros dias de vida.

Como prevenir a toxoplasmose congênita?
Mães que desenvolvam toxoplasmose durante a gravidez, independente da idade gestacional, devem ser tratadas até o fim da gestação com um coquetel de antibióticos composto por Pirimetamina, Sulfadiazina e Espiramicina.

Se a despeito do tratamento, a criança nascer com toxoplasmose, sintomática ou não, esta também deve ser tratada. O esquema indicado é Pirimetamina + Sulfadiazina. O tratamento dura 12 meses.

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YOUTUBE TRATAMENTO PARA INFECÇÃO URINÁRIA

2013-02-18 16:22:00 (читать в оригинале)


Infecção urinária é o nome dado à infecção de qualquer estrutura do trato urinário, incluindo uretra, bexiga, ureteres ou rins. Em mais de 95% dos pacientes a infecção é de origem bacteriana, sendo a bactéria Escherichia coli responsável por mais de 3/4 destes casos.

Não existe um tratamento único que sirva para todas as formas de infecção urinária. O medicamento mais indicado vai depender do agente causador, do sexo do paciente, do local do trato urinário acometido, da gravidade da doença e do estado clínico do paciente.

Neste artigo vamos abordar tratamento da cistite, incluindo as seguintes nas situações clínicas:

  • Tratamento da cistite em mulheres.
  • Tratamento da cistite em homens.
  • Tratamento da cistite em grávidas.
Para ler sobre a pielonefrite, infecção urinária que acomete os rins, acesse o link: INFECÇÃO URINÁRIA | Pielonefrite
Tratamento da cistite
Cistite é o nome dado à infecção da bexiga, sendo a forma mais simples e mais comum de infecção urinária. A cistite ocorre preferencialmente em mulheres, sendo incomum em homens saudáveis.

Vamos dividir a explicação do tratamento da cistite em 5 grupos:

a. Cistite não complicada em mulheres.
b. Cistite complicada em mulheres.
c. Cistite em grávidas.
d. Cistite em homens.
e. Urocultura positiva em pacientes sem sintomas.

Se você quiser saber mais informações sobre cistite, além do tratamento, leia: CISTITE | Sintomas e tratamento.

a. Cistite não complicada
A infecção da bexiga que ocorre em mulheres sem problemas de saúde é chamada de cistite não complicada. Este é o tipo mais comum de infecção urinária.

A imensa maioria dos casos de cistite não complicada é causada pela bactéria E.coli (leia: BACTÉRIA Escherichia coli | E.coli), mas outras bactérias, como o Proteus mirabilis, Klebsiella pneumoniae e Staphylococcus saprophyticus também podem ser as causadoras. Portanto, o tratamento da cistite não complicada em mulheres deve sempre incluir um antibiótico que tenha ação contra estas bactérias, principalmente sobre a E.coli, responsável por mais de 80% dos casos.

A escolha do antibiótico é feita mais corretamente quando baseada nos resultados da urocultura, exame de urina usado para identificar qual é a bactéria que está causando a infecção. No resultado da urocultura, além da identificação da bactéria, o laboratório também fornece uma lista com os antibióticos que invitro se mostraram mais eficazes para combatê-la. Esta lista é chamada antibiograma. Portanto, quando o médico tem acesso ao resultado da urocultura, a escolha do antibiótico deve sempre se basear no antibiograma (leia: EXAME UROCULTURA | Indicações e como colher).

Cabe ressaltar que na maioria das vezes a cistite é uma infecção simples e de fácil tratamento, não havendo necessidade de solicitar urocultura para todos os casos. O resultado da urocultura demora de 2 a 4 dias para ficar pronto, o que atrasaria em vários dias o início do tratamento e o alívio dos sintomas. Em geral, como os sintomas são muito típicos, na suspeita de cistite não complicada em mulheres, o médico está autorizado a começar antibióticos empiricamente, sem pedir qualquer exame.

Os remédios mais utilizados contra a cistite são os antibióticos que agem sobre as bactérias que habitualmente provocam infecção urinária, principalmente contra a bactéria E.coli. As melhores opções de tratamento empírico (sem orientação do antibiograma) incluem:

- Nitrofurantoína 100mg de 12/12 por 5 dias.
- Trimetoprim-sulfametoxazol (Bactrim) 160/800 mg de 12/12 horas por 3 dias.
- Fosfomicina 3g em dose única.
- Levofloxacino 250mg a 500mg 1x por dia por 3 dias
- Ciprofloxacino 250 a 500mg de 12/12 horas por 3 dias.
- Norfloxacino 400mg de 12/12 horas por 3 dias.
- Amoxicilina-clavulanato 500mg de 12/12 horas por 5 a 7 dias (amoxicilina pura, sem ácido clavulânico não é muito eficaz para tratar cistite).

A escolha do melhor tratamento cabe ao médico, baseado no conhecimento do perfil de sensibilidade da E.coli em cada comunidade. Há locais, por exemplo, onde a taxa de resistência da E.coli ao Bactrim é sabidamente elevada, não sendo esta uma boa opção para tratamento empírico.

O Pyridium (Fenazopiridina) ou o Cystex não são antibióticos e, portanto, não servem para tratar infecção urinária. Estas drogas são somente analgésicos, servindo apenas para aliviar temporariamente os sintomas de ardência urinária, sem ter ação efetiva sobre as bactérias (leia: DOR AO URINAR | Principais causas).

ATENÇÃO: não use este texto para se automedicar. Indicar antibióticos é tarefa do médico. A escolha equivocada pode causar graves efeitos colaterais e criar bactérias resistentes.
b. Cistite complicada
Cistite complicada é a infecção da bexiga que ocorre em mulheres com algum problema de saúde que aumente o risco de falha no tratamento. São geralmente consideradas cistites complicadas aquelas que ocorrem em pacientes com:

- Diabetes (leia: O QUE É DIABETES?).
- História de pielonefrite aguda nos últimos 12 meses.
- Sintomas prolongados de infecção urinária.
- Infecção urinária por bactéria multirresistente.
- Infecção urinária adquirida em ambiente hospitalar.
- Insuficiência renal (leia: INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA).
- Obstrução do trato urinário.
- Presença de cálculo renal (leia: CÁLCULO RENAL | Causas e sintomas).
- Presença de um cateter vesical, stent ureteral ou nefrostomia.
- Instrumentação ou cirurgias recentes do trato urinário.
- Anormalidade anatômica do trato urinário.
- Incontinência urinária (leia: INCONTINÊNCIA URINÁRIA).
- História de infecção do trato urinário na infância
- Transplante renal ou outras causas de imunossupressão.

Pacientes com cistite complicada devem sempre colher exames de urina, principalmente urocultura. Não é preciso esperar o resultado dos exames para começar o tratamento com antibióticos, mas ter um antibiograma e a bactéria causadora da infecção urinária identificada dentro de 2 ou 3 dias ajuda muito a decidir o próximo passo, caso o paciente não tenha melhorado nas primeiras 72 horas de tratamento empírico. Em geral, sugerimos ao paciente que ele vá ao laboratório fazer um exame de urina e logo depois inicie o tratamento com antibióticos.

As melhores opções de tratamento empírico (sem orientação do antibiograma) da cistite complicada incluem:

- Levofloxacina 500 a 750mg 1x por dia por 5 a 14 dias, dependendo da gravidade do caso.
- Ciprofloxacina 500mg de 12/12 horas por 5 a 14 dias, dependendo da gravidade do caso.

Se o paciente não apresentar sinais de melhora em 2 ou 3 dias, o antibiótico deve ser trocado de acordo com o antibiograma, que já deverá estar disponível nesta altura.

Nos casos de pacientes com cálculos renais ou obstruções do trato urinário, a remoção cirúrgica destes pode ser necessária para que o tratamento tenha sucesso. Do mesmo modo, pacientes com sonda vesical ou stent no ureter podem ter que trocá-los para conseguir se livrar da infecção urinária. A bactéria pode se alojar em qualquer uma destas estruturas e conseguir "e;se esconder "e; do antibiótico, sendo muito difícil sua eliminação apenas com remédios.

c. Cistite em grávidas
Aproximadamente 2% das mulheres grávidas apresentam pelo menos um episódio de cistite durante a gestação. O risco de ascensão das bactérias da bexiga em direção aos rins é maior nas mulheres grávidas, fazendo com que toda cistite neste grupo seja considerada uma cistite complicada. Além disso, a presença de bactérias na urina está associada a problemas na gravidez, como parto prematuro, baixo peso do feto e morte fetal.

Devido ao risco de má formações fetais, nem todos os antibióticos podem ser usados nas mulheres grávidas. Por isso, as gestantes merecem uma abordagem distinta das outras pacientes com cistite complicada.

Todas as gestantes com sintomas sugestivos de cistite devem colher urocultura e iniciar tratamento antibiótico empírico. As melhores opções são:

- Nitrofurantoína 100 mg de 12/12 horas por 5 dias.
- Cefpodoxima 100 mg de 12/12 horas por 3 a 7 dias.
- Amoxicilina-clavulanato 500 mg de 12/12 horas por 3 a 7 dias.
- Fosfomicina 3 g em dose única.
- Cefalexina 500 mg de 12/12 horas durante 3-7 dias.

O Trimetoprim-sulfametoxazol (Bactrim) 160/800 mg de 12/12 horas por 3 dias é uma opção, mas apenas a partir do segundo trimestre, devendo este ser evitado nas primeiras 12 semanas de gravidez. Os antibióticos da família das quinolonas, como ciprofloxacino, norfloxacino e levofloxacino são contraindicados na gravidez.

Uma semana após o fim do tratamento, a urocultura deve ser repetida para se confirmar a eliminação da bactéria. Se a urocultura for novamente positiva para a mesma bactéria, o tratamento deve ser repetido, desta vez por mais tempo.

Por outro lado, se a urocultura confirmar a eliminação da bactéria, ela deve ser repetida todo mês até o final da gestação, para termos certeza de que não haverá novas infecções.

Para saber mais detalhes sobre infecção urinária na gravidez, leia: INFECÇÃO URINÁRIA NA GRAVIDEZ

d. Cistite em homens
A cistite é um quadro muito menos comum em homens do que em mulheres, devido ao maior comprimento da uretra, ao ambiente periuretral menos úmido, à menor colonização de bactérias na região ao redor da uretra e à presença de substâncias antibacterianas no líquido prostático.

Habitualmente, as cistites em homens ocorrem naqueles com anormalidades do trato urinário, sejam más-formações em crianças pequenas ou doenças urológicas em pacientes idosos, como problemas da próstata. No entanto, cistites não complicadas podem ocorrer em um pequeno número de homens entre os 15 e os 50 anos de idade, sem nenhum problema de saúde.

Todos os homens com sintomas sugestivos de cistite devem colher urocultura e iniciar tratamento antibiótico empírico. As melhores opções são:

- Trimetoprim-sulfametoxazol (Bactrim) 160/800 mg de 12/12 horas por no mínimo 7 dias.
- Levofloxacino 500mg 1x por dia por no mínimo 7 dias.
- Ciprofloxacino 500mg de 12/12 horas por no mínimo 7 dias.

Se após 48-72 horas não houver melhora, o tratamento deve ser ajustado de acordo com o resultado da urocultura e do antibiograma. Nestes casos, uma investigação para alterações na anatomia urológica deve ser avaliada

É preciso ter sempre em mente que sintomas de infecção urinária em homens não necessariamente indicam uma cistite, já que prostatite (leia: PROSTATITE | Sintomas e tratamento) e uretrite, como no caso da gonorreia (leia: GONORREIA | Sintomas e tratamento), podem ter sintomas muito parecidos.

Urocultura positiva em pacientes sem sintomas - bacteriúria assintomática.
Cistite é a inflamação da bexiga causada por bactérias. A simples presença de bactérias na urina, sem sinais de inflamação da bexiga não é considerada uma infecção, mas sim uma colonização. Uma analogia fácil de entender é com a pele. Ter bactérias presentes na pele é completamente diferente de ter uma infecção de pele. Portanto, a simples presença de bactérias na urina não é suficiente para o diagnóstico de uma infecção. Para ser cistite é preciso que o paciente tenha sintomas de uma bexiga inflamada, como dor para urinar, sangue na urina, vontade constante de urinar, mesmo com a bexiga vazia, etc.

Mesmo no caso da bactéria E.coli, há cepas menos virulentas, capazes de se proliferar na urina, mas sem força para causar inflamação da bexiga. Uma urocultura positiva, mesmo para E.coli, em um paciente sem nenhuma queixa, não deve ser valorizada na maioria dos casos. Na verdade, se o paciente não tem queixas urinárias, não faz sentido solicitar uma urocultura.

A presença de bactérias na urina sem sintomas é chamada bacteriúria assintomática e não deve ser tratada com antibióticos na grande maioria dos casos. As únicas exceções são as grávidas e os pacientes que irão ser submetidos a cirurgias urológicas. Nestes casos está indicada a realização de urocultura, mesmo sem sintomas, e o tratamento de acordo com o resultado do antibiograma. Em todos os outros casos, o tratamento da bacteriúria assintomática não apresenta benefícios e pode ainda estimular o desenvolvimento de bactérias resistentes.

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